terça-feira, 28 de agosto de 2012

Durval Discos (2002)


Direção: Anna Muylaert
Roteiro: Anna Muylaert
Gênero: Comédia/Drama
Origem: Brasil
Duração: 96 minutos
Tipo: Longa-metragem

Sinopse

Durval vive com sua mãe idosa nos fundos de sua loja de LPs. Certo dia, resolvem contratar uma empregada doméstica, então Célia aparece e é contratada. Logo no seu segundo dia de trabalho, Célia desaparece, deixando para trás uma criança, aparentemente sua filha. Agora Durval e sua mãe terão que tomar conta da menina.



Crítica

"Durval Discos é uma produção brasileira de boa qualidade!

O roteiro, escrito pela também diretora Anna Muylaert, é, sem dúvida, o fator decisivo desta obra. A estória conta a vida de Durval, um malucão, que vive com sua mãe e é dono de uma loja de Long Plays (LP), ou melhor, o eterno Vinil. Cansado da comida de sua mãe, Durval insiste em contratar uma empregada, o que acaba acontecendo. Letícia Sabatella interpreta a empregada, que após alguns dias de trabalho sai e deixa uma menina de 5 anos na casa. A partir daqui acontecem muitas reviravoltas no roteiro, de altíssima qualidade, e caso eu aprofunde mais esta sinopse poderá estragar o prazer de ver o filme.

A direção de Mulayert não foge dos característicos bons filmes brasileiros, sendo que se percebe nitidamente a sua personalidade. Os momentos descontraídos do roteiro são muito bem filmados, sempre com boas músicas brasileiras. Além disso, a direção transpira pura apreensão, que se revela uma qualidade vista somente em bons filmes.

Outro aspecto brilhante do filme é o trio interpretativo. Ary França, num papel sensacional, encarna a pele do protagonista Durval. Etty Fraser, que na minha opinião ofusca os demais atores no absolutamente perfeito e incrível papel da mãe de Durval, faz poucas e boas durante o filme todo, fazendo-nos relembrar muito às nossas avós, pelo menos a minha sim. Por fim, a menina é vivida por Isabela Guasco, que dá um certo de tom de magia à estória com sua presença carismática. Além dos principais atores, Marisa Orth e Letícia Sabatella completam o elenco de famosos.

A trilha sonora, como o próprio nome do filme já indica, é recheada de sons ao bom e velho Vinil, com músicas de clássicos da nossa Música Popular Brasileira, tais como o eterno Jorge Ben, Tim Maia, Luiz Melodia, entre outros. Rita Lee faz uma participação especial ao ir à loja comprar um disco de Caetano Velloso.

Resumindo, Durval Discos é um baita filme brasileiro, isso mesmo, baita filme e ainda brasileiro. Nós, como espectadores, devemos apreciar mais o cinema nacional, que é riquíssimo artisticamente, e que se exemplifica com este belo trabalho de Anna Muylaert, vencedor dos Kikitos do Festival de Gramado de Melhor Filme, Direção, Roteiro, entre outros."

Fonte: Daniel Colombo Gentil Horn

A Mulher de Todos (1969)


Direção: Rogério Sganzerla
Roteiro: Egídio Eccio (história), Rogério Sganzerla (autor)
Gênero: Comédia
Origem: Brasil
Duração: 93 minutos
Tipo: Longa-metragem

Sinopse

As aventuras amorosas de uma mulher vampiresca, casada com um empresário de histórias em quadrinhos, que parte para a Ilha dos Prazeres em busca de amantes.




Crítica
"Raros filmes têm o dom de ficar mais contemporâneos com o tempo. A Mulher de Todos é um deles. Dele, pode-se dizer que era um choque na época, que foi feito como um baque, a final liberação da mulher num cinema por demais comportado no terreno dos costumes. Fio desencapado, Ângela Carne e Osso é insubmissa, irascível, faz dos homens gato e sapato... e tanto melhor para eles. A Mulher de Todos é um filme para aqueles que jamais conseguiram entender por que Rosa tropeça e é deixada para trás por Manoel em sua busca pelo absoluto sertão-mar de Deus e o Diabo na Terra do Sol. Hoje, assistir a Ângela Carne e Osso em seu frisson demoníaco não vem como um choque, mas age por um processo atemporal de identificação: Ângela é de nossa época. "

Fonte: Revista ContraCampo

Desmundo (2003)


Título original:  Desmundo
Gênero: Drama
Duração: 100 min.
Lançamento (Brasil): 2003
Estúdio: Columbia Pictures do Brasil
Distribuição: Columbia Pictures do Brasil
Direção: Alain Fresnot

 

Sinopse

Brasil, por volta de 1570. Chegam ao país algumas órfãs, enviadas pela rainha de Portugal, com o objetivo de desposarem os primeiros colonizadores. Uma delas, Oribela (Simone Spoladore), é uma jovem sensível e religiosa que, após ofender de forma bem grosseira Afonso Soares D'Aragão (Cacá Rosset) se vê obrigada em casar com Francisco de Albuquerque (Osmar Prado), que a leva para seu engenho de açúcar. Oribela pede a Francisco que leh dê algum tempo, para ela se acostumar com ele e cumprir com suas "obrigações", mas paciência é algo que seu marido não tem e ele praticamente a violenta. Sentindo-se infeliz, ela tenta fugir, pois quer pegar um navio e voltar a Portugal, mas acaba sendo recapturada por Francisco. Como castigo, Oribela fica acorrentada em um pequeno galpão. Deprimida por estar sozinha e ferida, pois seus pés ficaram muito machucados, ela passa os dias chorando e só tem contato com uma índia, que lhe leva comida e a ajuda na recuperação, envolvendo seus pés com plantas medicinais. Quando ela sai do seu cativeiro continua determinada em fugir, até que numa noite ela se disfarça de homem e segue para a vila, pedindo ajuda a Ximeno Dias (Caco Ciocler), um português que também morava na região. 




Crítica

"O filme brasileiro com melhor reconstituição de época já feito."

O Cheiro do Ralo (2007)


Direção:
- Heitor Dhalia
• Elenco Principal:
- Selton Mello
- Paula Braun
- Flavio Bauraqui

 

Sinopse

"Lourenço (Selton Mello) é o dono de uma loja que compra objetos usados. Aos poucos ele desenvolve um jogo com seus clientes, trocando a frieza pelo prazer que sente ao explorá-los, já que sempre estão em sérias dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo Lourenço passa a ver as pessoas como se estivessem à venda, identificando-as através de uma característica ou um objeto que lhe é oferecido. Incomodado com o permanente e fedorento cheiro do ralo que existe em sua loja, Lourenço vê seu mundo ruir quando é obrigado a se relacionar com uma das pessoas que julgava controlar." 

Crítica


"Estética interessante e um roteiro que descreve de forma divertida uma tragédia pessoal fazem de O Cheiro do Ralo um filme recomendável."